segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Coimbra VI



Malas no carro, o destino agora é Coimbra!
Foi à capital de Portugal antes de Lisboa, no período de 1139 a 1255 e por isso ainda conserva ares medievais. A cidade fica em uma colina às margens do rio e nela está o primeiro Panteão Nacional, o Mosteiro de Santa Cruz. Panteão é um templo dedicado ao conjunto dos deuses, entre os antigos gregos e romanos. Atualmente o termo é designado para um mausoléu que abriga os restos mortais de diversas pessoas notáveis.
Conhecida mundialmente pela Universidade de Coimbra, uma das primeiras universidades européia fundada por D. Diniz em 1290. Cartão postal e também a principal atração da cidade. Localizada no topo do morro onde fica o centro histórico, pode ser vista praticamente de qualquer ponto da cidade. É uma cidade importante para a história de Portugal, tanto histórico como educacional e como todas as belas cidades do mundo, Coimbra tem um rio que cruza seu território. O Mondego é o quinto maior de Portugal.
Um passeio pelas redondezas da universidade garante estar em um local que já foi tomado no passado por diversas populações, como povos indígenas, romanos, muçulmanos e foi o castelo dos principais reis de Portugal durante a época em que Coimbra era a capital do país.
Cidade de ruas estreitas, pátios, escadinhas, arcos medievais, foi o berço de nascimento de seis reis de Portugal da Primeira Dinastia. Hoje são cheios de repúblicas centenárias, recheadas de estudantes do mundo todo.
Quando fizemos a visita era um dia com bastante cerração, parecia um dia típico de inverno, chuvinha leve, mas a paisagem bucólica não tirou o brilho do lugar. Ficamos poucas horas na cidade, o suficiente para dar aquele gostinho de quero mais, quem sabe voltar em outra oportunidade.
“Uma história de amor torna-se grande pelas lendas que a mantêm viva”. É isso que ocorre num local chamado Quinta das Lágrimas, onde no século XIV, aconteceu em Portugal, uma clássica história de Romeu e Julieta lusitano.
Pedro era filho do rei de Portugal, herdeiro do trono e Inês era aia que veio acompanhando a princesa espanhola D. Constança, futura esposa de Pedro. Os dois acabaram se apaixonando e se encontravam as escondidas nos jardins desta quinta, onde Pedro foi morar com Inês, após a morte de sua esposa, causando um grande escândalo na corte.
Juntos tiveram quatro filhos, o que só agravava a situação política e o desagrado popular. Foi durante uma viagem de D. Pedro I, para caçar, que o assassinato aconteceu. O rei D. Afonso IV envia a ordem para que executem Inês de Castro, ela foi degolada.
Reza a lenda que foram as lágrimas derramadas por Inês durante a sua morte que deram origem à Fonte dos Amores (1326), localizada nos fundos da quinta e a Fonte das Lágrimas (1580), diz à lenda que o sangue de Inês morta teria deixado manchas de algas avermelhadas na rocha, visível ainda hoje.
A revolta de Pedro foi tão grande que ele mandou desenterrar o corpo da amada e a coroou, mesmo morta.
O cenário deste grande amor, hoje abriga um luxuoso hotel, onde é possível visitar os belíssimos jardins que reúnem espécies do mundo todo.
Outro local aprazível e belíssimo de visitar é o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, criado em 1772, considerado Patrimônio da Humanidade da UNESCO, possui mais de 13,5 hectares em terrenos doados pelos frades Beneditinos. Distribuídos por vários patamares, escadaria e avenidas, é um dos jardins botânicos mais conceituados a nível mundial, permitindo uma viagem aos quatro cantos da Terra, devido à diversidade de plantas que possui.
Próximo ao local está o Aqueduto de Sao Sebastião, também chamado Arcos do Jardim. Ele remonta à época romana, quando esse primitivo aqueduto abastecia a parte alta da povoação. Foi reestruturado no século VXI e hoje é um monumento nacional. Em frente foi erguida uma estátua do papa João Paulo II quando em sua visita a Coimbra, ambos na freguesia de Almedina.
Próxima parada! Nazaré!










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