terça-feira, 4 de outubro de 2016

Usina Hidrelétrica de ITAIPU


A Usina Hidrelétrica de Itaipu é um empreendimento pertencente ao Brasil e ao Paraguai, implantado com base no Tratado celebrado em 26.04.1973, que registra a decisão de realizar o aproveitamento hidrelétrico dos recursos hídricos do Rio Paraná, pertencentes em condomínio aos dois países. O tratado estabelece que a energia produzida pelo aproveitamento seja distribuída igualmente entre os países, possuindo cada um o direito de adquirir a energia que não for utilizada pelo outro para seu consumo próprio. A Itaipu Binacional foi construída em 17.05.1974 com igual participação no capital por parte da Eletrobrás e da Ande, sendo esta última a entidade responsável pelos serviços de energia elétrica no Paraguai.(*)
Dadas às devidas informações técnicas, saibam que visitar a Usina Hidrelétrica de Itaipu é algo muito grandioso. Ela é considerada uma das sete maravilhas da engenharia do mundo moderno e a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta. Com dimensões gigantescas, a obra se localiza sobre rio Paraná.
Ao chegar para visitação somos recebidos com um filme sobre a construção da obra e o trabalho de preservação ambiental desenvolvido pela Itaipu Binacional. Na sequencia um tour com ônibus panorâmico pela barragem da usina e algumas paradas para apreciar e levar na memória ou nas fotos este belo lugar.
Você sabia que as árvores que compõe a paisagem do parque foram plantadas por trabalhadores e personalidades que lá passaram? Há mais de 20 anos foi semeada uma ideia coletiva que, regada pela constante presença de personalidades e pelos anos de dedicação que constrói a história da binacional, rendeu frutos que mudaram definitivamente a paisagem da hidrelétrica: o Bosque do Visitante e o Bosque do Trabalhador. Neles estão árvores que deixaram marcas no chão da usina e na memória de quem as plantou. Ao lado de cada uma delas uma plaquinha indica o nome do homenageado, a data do plantio assim como os nomes científico e popular do vegetal.
No ano que completar 15 anos de Itaipu, o funcionário planta a sua muda, em uma cerimônia promovida na semana de aniversário da empresa, em maio, 1.878 árvores já foram plantadas.
Estas árvores são praticamente troféus, cuidados e conservados por equipes da empresa. Uma ideia maravilhosa o PLANETA agradece.


(*) Fonte: Itaipu Assessoria de Comunicação





segunda-feira, 26 de setembro de 2016

As Cataratas de Foz do Iguaçu / PR


Tão perto de nós, tão linda! Um passeio muitas vezes adiado, até que finalmente resolvemos passar um feriadão em Foz do Iguaçu para fazer uma visitinha a elas “as Cataratas”. É preciso se preparar psicologicamente para ver tanta beleza. É indescritível, só estando lá, junto a elas para entender o que estou dizendo. A viagem à Foz do Iguaçu é imperdível por elas! Pois bem, localizada na fronteira com o Paraguai (Ciudad del Este) e a Argentina (Puerto Iguazú), Foz do Iguaçú é um destino muito procurado por suas belezas naturais, cassinos e compras.
Principal cartão postal, as 275 quedas do Rio Iguaçu são consideradas uma das maiores belezas naturais do planeta. Tombado pelo Patrimônio da Humanidade, o Parque Nacional está distribuído por uma área de 186 mil hectares com mirantes, passarelas panorâmicas e boa estrutura.  Os limites do parque se estendem até a Argentina, onde ficam outros 67 mil hectares e é lá que é possível ter uma visão completa e mais emocionante das quedas: a Garganta do Diabo.
Em 1986, o Parque Nacional do Iguaçu foi a primeira unidade de Conservação do Brasil a ser instituída como Sítio do Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO.
Dentro do parque há uma estátua de Santos Dumont, mas o que ele tem a ver com as Cataratas? Muitos não sabem, mas ele é considerado o Pai das Cataratas. Vou contar: no início do século XX, as Cataratas do Iguaçu pertenciam a um fazendeiro uruguaio chamado Jesus Val. Em 1916, a convite da comunidade local, Alberto Santos Dumont chega à Foz do Iguaçu onde conhece as famosas quedas. Encantado com a magnífica paisagem fica decepcionado por esta maravilha pertencer a um único dono. Pensou numa forma de que mais pessoas pudessem ter acesso a este lugar. Reivindicou junto ao governador do Estado do Paraná, na época, Affonso Alves de Camargo a expropriação da área e a abertura para visitação pública. Seu pedido foi acatado três meses mais tarde, entretanto o parque só foi criado em 1939. Graças à iniciativa Santos Dumont, o Parque Nacional do Iguaçu recebe mais de um milhão de visitantes por ano. Assim, em homenagem, foi construída uma estátua de bronze bem pertinho de onde este visionário deslumbrou pela primeira vez as famosas quedas de água, porque sem a iniciativa dele não existiria o parque.
Outra visita imperdível é o Marco das Três Fronteiras que foi inaugurado em 1903. O obelisco demarca simbolicamente a fronteira brasileira com as cores do nosso país. Do local avistamos o Paraguai e Argentina e seus monumentos com as cores dos respectivos países. Dois rios separam as três nações. O marco Argentino situa-se a margem do Rio Iguaçu, enquanto o Rio Paraná margeia o Brasil e Paraguai. O posicionamento dos três obeliscos forma um triângulo equilátero e esses monumentos indicam a igualdade e o respeito.

Dica: Na maioria dos passeios você pode ir sozinho, sem a presença de um guia. Os locais possuem estacionamento, a cidade é segura, em todos os passeios leve roupa leve, busque um hotel confortável, pois no final do dia você vai querer dormir bem!



domingo, 31 de julho de 2016

O paraíso de VALPARAÍSO / Chile


A simpática cidade portuária de Valparaíso de aproximadamente 298,2 hab. (dados de 2016), localizada a 144 km de Santiago onde os cerros invadem a costa fazendo com que a vista para o Oceano Pacífico seja o maior espetáculo. O destaque fica por conta dos diversos mirantes que se espalham por todo lugar sendo assim um dos principais atrativos turísticos do lugar. Dizem que nas festas de final de ano estes são os pontos mais disputados para ter uma visão privilegiada dos espetáculos de fogos que descortinam sobre o mar.
Repleta de belos morros e colinas ao total de 42, muitos apresentam particularidades que não se repetem em outros, como no Cerro Barón que abriga instalações universitárias, serviços públicos ou uma linda e antiga igreja de San Francisco.  Hoje estes lugares tem um forte apelo turístico com restaurantes, casas remodeladas e hotéis. É uma cidade muito colorida, a arte aflora pelas paredes e muros e um local totalmente seguro para circular a qualquer hora do dia.
Devido à inclinação dos morros a cidade é dividida em alta e baixa e o transporte utilizado para fazer esta ligação são os elevadores coloridos que deslizam num sobe e desce levando moradores e turistas, chamado de ascensor (artilleria, funicular), no total são 15 ascensores declarados monumentos nacionais.
Durante a idade do ouro de Valparaíso (1848-1914) a cidade recebeu um grande número de imigrantes vindos principalmente da Europa (Alemanha, Itália e Grã Bretanha), e foram estes que deixaram uma marca única na arquitetura da cidade dando características europeias ao lugar. Cada comunidade construiu suas próprias igrejas e escolas, assim como instituições culturais e econômicas.
Em Valparaíso a cultura aflora, e possui muitos locais para observar o que digo, seja no Museu Municipal de Belas Artes, na Galeria Municipal de Arte, Museu de História Natural e Casa Museu La Sebastiana (Pablo Neruda), apesar de ser uma cidade relativamente pequena pelo seu número de habitantes ela possui cinco universidades tradicionais, demonstrando assim a forte atividade cultural.
A arte de rua, as casas coloridas, o sobe e desce das ladeiras, a vista para o mar, a atmosfera boêmia e a aparente desordem são de encher os olhos e é por isto que a área histórica de Valparaíso foi declarada pela UNESCO em 2003, Patrimônio Cultural da Humanidade.
Valparaíso é charmosa, surpreendente, cultural, com caminhos íngremes, sinuosos, uma linda vista para o Oceano Pacífico e é por isto tudo que é um “paraíso” que deve ser visitado.



segunda-feira, 25 de julho de 2016

Serra do Rio do Rastro / SC


Porque sair de Porto Alegre especialmente para conhecer uma estrada? São para loucos aventureiros, amantes da natureza ou  viciados em estrada. É isso mesmo!
Quem visita Lauro Muller, tem como moldura a Serra Geral e nela a exuberante Serra do Rio do Rastro, cortada por uma estrada sinuosa de 15 km em concreto, encravada em rocha natural, cortando um profundo cânion de 1460 m em relação ao nível do mar, salpicada por vários mirantes, curvas sinuosas de 180 graus, íngremes. É um percurso exuberante e inesquecível de natureza. Esta serra une o planalto serrano (com temperaturas negativas no inverno com campos cobertos por gelo ou neve) à planície colonizada por italianos e alemães. Em dias de céu claro é possível vislumbrar cadeias de montanhas, vales e até mesmo o mar.
Descer ou subir a Serra do Rio do Rastro é sempre uma aventura. O trecho muito sinuoso da SC-438 possui 284 curvas, fica entre Lauro Muller e Bom Jardim da Serra.
Os mirantes oferecem belas paisagens, e aos amantes da fotografia uma bela recordação. Dizem que a paisagem fica ainda mais bela à noite, com iluminação, mas vá com calma pode haver neblina e assim o trecho fica mais perigoso.
Subimos em um dia muito ensolarado, foi possível vislumbrar montanhas muito distantes, cânion muito profundos, e ao longe pudemos perceber que o mar estava a nos acompanhar. Mas é preciso ter atenção, pois em alguns trechos as curvas são tão fechadas que não é possível passar dois veículos ao mesmo tempo. Neste local também há linha regular de ônibus saindo de Criciúma. Cuidado você pode se deparar com um veículo de grande porte sem sua direção, suba com calma apreciando a bela paisagem.
Pesquisei um pouco da história do lugar: a Serra do Rio do Rastro inicia em 1870 quando os primeiros habitantes do lugar necessitavam conseguir gêneros de primeiras necessidades que chegavam ao Porto de Laguna. Assim foi sendo abertas clareiras, transformando em trilhas na serra e sendo batizada de Serra dos Doze e posteriormente recebeu o nome de Serra do Rio do Rastro. Esta descida levava dias e as pessoas o faziam sobre o lombo de burros.
Na década de 80 a estrada finalmente foi pavimentada e iluminada. Atualmente mantém as curvas do traçado original, facilitando a vida dos moradores e atraindo cada vez mais turistas amantes da natureza.
No total a estrada tem 34 km partindo (subida) de Lauro Muller até Bom Jardim da Serra. No topo da serra há um mirante de onde é possível vislumbrar todas as curvas em meio à mata nativa, é neste ponto que o turista vislumbra a mais linda paisagem, com árvores, curvas, morros, cascatas, tudo isso em apenas um lugar.
Em 2012 esta serra foi eleita por um site espanhol como uma das estradas mais espetaculares do mundo, por sua fantástica configuração geográfica. Realmente é um lugar mágico onde está estampada a grandeza do Criador e também a inteligência dos bravos construtores desta estrada.

Recomendo uma passadinha para contemplar este lugar, esta obra de engenharia e da natureza, mas vá com cuidado.



sexta-feira, 22 de julho de 2016

Chile - Um passeio diferente


     Este foi o destino escolhido para as férias de Julho/2016.  Cada vez que decido viajar busco saber detalhes do lugar que vou, pesquiso em site, converso com amigos então faço meu roteiro. Confesso que foi um pouco difícil desta vez, pois tive que buscar tudo na internet e assim bate aquela insegurança. Porém hoje quem dá as dicas sou eu, anote, pois elas são preciosas.
     A melhor sugestão que posso dar é buscar um atendimento personalizado nos passeios que você vai realizar, a dica preciosa de uma amiga me levou a empresa de Hector Medina, este serviço foi fundamental para deixar minha chegada e os dias em Santiago muito mais prazerosos. HecTourService, um atendimento privado, personalizado e flexível. Um trabalho realizado por este profissional de primeiríssima qualidade. Passeamos por todos os lugares com segurança, sem horário para voltar ao hotel, com dicas de lugares gastronômicos, compras ou simplesmente, caminhadas pelas ruas cobertas de folhas de plátanos, com temperaturas na faixa dos 3 graus. Contato: hectortourservice@gmail.com
     Na hora de fazer a mala: Viajar no inverno a tendência é colocar muitas roupas na mala. Nada disso: basta ter um casaco bom, sugestão: forro com pluma de ganso, leve e quente. Não usei nenhum blusão de lã, apenas uma básica de algodão ou segunda pele térmica, com gola alta. Muitas mantas para ficar bonita nas fotos, calça leggin, bota cano alto com pelinho por dentro (fundamental para deixar os pés aquecidos) luva, gorro se quiser. As temperaturas variaram entre 0 a 8 graus no período que estive em Santiago.
     Alimentação muito variada em termos de frutas e legumes. Em todos os restaurantes são abundante as saladas ofertadas, assim como no café da manhã com muitas frutas e sucos naturais. Nos restaurante é tradicional a entrada com pão e alguns molhos. O pão é servido sempre quentinho. Uma delícia.
     Passeios maravilhosos, cada dia um lugar diferente. Conhecemos Santiago de uma ponta a outra. As vinícolas visitadas foram escolhidas por nós. Procuramos conhecer a diferença de vinícolas grandes e pequenas para saber como é feito os vinhos chilenos tão tradicionais. Visitamos a vinícola De Martino, Santa Rita e Concha y Toro (que é uma vinícola tradicional e não poderia ficar de fora). Pois bem, instalada no vale do Maipo, De Martino é uma vinícola a parte, merecedor de destaque e aplauso, produz vinhos mantendo sua essência, procurando intervir o menos possível nas características das uvas obtidas em diferentes terroir chilenos. Chamou-me atenção o uso de “tinajas” que são ânforas de barro de 60 ou mais anos garimpadas pelos proprietários do sul do Chile para fazer sua excelente linha “Viejas Tinajas”. Este vinho para mim foi o melhor. As outras vinícolas, é possível encontrar explicações nos sites sobre Santiago.
     O Chile é conhecido pela produção de vinhos tintos, mas os brancos das regiões mais frias como Casablanca levam o país a ser destaque na produção de uvas brancas por possuir um terroir único. Curiosamente o que determina a característica de cada vinhedo é sua posição em relação ao Oceano Pacífico que está a cerca de 20 km a oeste. A influência da fria corrente baixa a temperatura na região e causa uma neblina que cobre os vinhedos pela manhã e é neste lugar fascinante que está o famoso Valle de Casablanca que coloca o Chile a nível internacional na produção de vinhos branco. Uma das regiões mais bonitas, no caminho de Val Paraíso. Visitamos a vinícola Quintay e degustamos a especialidade que são os famosos vinhos branco premiados.
     Partindo da uva pra neve, imperdível o passeio à Cordilheira dos Andes. Pegamos uma semana com muita neve nas montanhas, isto facilitou a visitação com uma neve muito fofa, branquinha e linda.  A estação que permanecemos por mais tempo foi Farellones, onde estava ocorrendo um evento. Com muita música, gente bonita e um clima de muita diversão. Fizemos o passeio no teleférico. Imperdível, à medida que íamos subindo a montanha o silencio se fazia presente. Em palavras é impossível dizer é preciso sentir. Uma paz imensa, uma neve linda, um silêncio agradabilíssimo, apenas contemplar! Amei!

     Qualquer site te mostra o que melhor Santiago tem, eu aqui deixo registrado o que EU mais gostei deste lugar encantador e uma Cordilheira majestosa, branquinha, que com certeza vai deixar saudades.





HASTA LA VISTA SANTIAGO!...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Caminhos de Pedra / Bento Gonçalves RS

      
       O charme fica por conta da paisagem, das curvas da estrada, da arquitetura típica italiana, das “nonas” circulando com chapéu de palha, das carroças puxadas por bois, da igrejinha. Estou falando do interior de Bento Gonçalves, mais precisamente a colônia São Pedro que fica a 13 km do centro. O roteiro Caminhos de Pedra é um passeio muito interessante e imperdível.        Percorremos sete quilômetros de muita história, como se tivesse sido recortado de um livro de história do Rio Grande do Sul, passamos por 28 construções em pedra e madeira, que lembra muito um cenário da região Norte da Itália (de acordo com a pesquisa que fiz). Neste percurso encontramos moinhos, casas de massas, teares, erva-mate, além de cantinas, capelas, restaurantes.
É possível fazer uma visitação guiada pelos próprios donos das propriedades, eles contam a história de uma maneira tão delicada, que nos remete àquela segunda metade do século XIX. Na época o Brasil já era um país independente, porém o interior dos estados pouco explorados. Nesta época, segundo contam os próprios colonos, inicia um incentivo do governo para atração de imigrantes europeus, trazendo assim mão de obra e também para povoar regiões até então desabitadas.
Imagina só, estavam em uma Europa empobrecida, onde o trabalho estava escasso, as famílias acreditaram nas promessas de terras férteis, renda farta e conforto. Quando aqui chegaram eles recebem lotes de mata fechada, na encosta dos morros e nem de longe encontram a estrutura alardeada pela propaganda feita pelo governo. Ao chegarem percebem que precisam iniciar do zero. Com a madeira e as pedras que vão desbravando constroem as moradias, celeiros para os animais e assim vai se formando uma vila de colonos.
Lindas paisagens, gastronomia boa com produtos coloniais, vinhos artesanais, conservas, doces, sucos, geleias enfim, uma infinidade de produtos coloniais da região.

Hospede-se em um bom hotel de Bento Gonçalves ou se preferir busque a pousada do lugar, curta com calma este lindo passeio e não se esqueça de levar na mala uma foto à moda antiga.





quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Guarujá / SP e suas histórias...


Verão, calor, praia... O passeio de hoje é em uma praia.
Guarujá é a terceira maior ilha do litoral paulista. Surpreendi-me com as praias do litoral Sul de São Paulo. Água extremamente limpa, verde azulada, morníssima, com natureza preservada, segura com policiamento ostensivo onde a cada duas quadras havia três policiais. Lindo demais.
Para chegar a Guarujá pegamos a Rodovia dos Imigrantes, passamos por uma estrada linda. Pesquisei sobre esta estrada e descobri que é a principal via de acesso da cidade de São Paulo à Baixada Santista e ao litoral sul paulista. A Ecovias recebeu a concessão por um período de 20 anos para a operação e manutenção de todo o sistema Anchieta-Imigrantes em 1998. Interessante que para receber esta concessão eles deveriam construir a pista descendente da Rodovia dos Imigrantes. A pista foi inaugurada em 17/12/2002. Esta pista linda possui túneis ainda mais longos e viadutos mais modernos que os da pista ascendente. É preciso conhecer para saber do que estou falando.
Outra curiosidade, ambas as pistas da Imigrantes são reversíveis, quando o tráfego é muito intenso, isso ocorre em época de feriados prolongados tanto no sentido capital-litoral como litoral-capital.
A pista norte da Imigrante possui 11 túneis já a pista sul possui quatro, sendo dois deles os mais extensos túneis rodoviários brasileiros, o primeiro com 3.146m de extensão e o outro com 3.009m, eles são extensos assim devido ao impacto ambiental sobre a Serra do Mar ser mínimo. Ao todo, são 44 viadutos, sete pontes e 14 túneis.
A cidade de Guarujá foi visitada pela primeira vez em 1502 por exploradores portugueses, contudo devido a sua topografia ficou abandonada por mais de 300 anos. Com o tempo foi se formando um povoado que vivia da extração de óleo de baleia, pesca e de engenhos de açúcar, como atividade econômica. Então, por um decreto imperial de 1832, Guarujá passou a condição de Vila. Em 1893 promovida a Vila Balneária de Guarujá. Para isso foram encomendados dos Estados Unidos um hotel, uma igreja, um cassino e 46 chalés desmontáveis. Além de receber serviços de água, esgoto e luz elétrica. Em 1934 recebeu o título de Estância Balneária e em 1947 passou a ser considerada município devido ao seu crescimento. Na década de 70 Guarujá foi reconhecida internacionalmente e recebeu o título de “Pérola do Atlântico” devido as suas belas praias e belezas naturais.
Fiquei hospedada na Praia das Pitangueiras, uma linda praia com água em tom verde-azulado, junto ao morro do Maluf, onde também tem o calçadão com restaurantes e bares. No extremo oeste da praia fica o edifício “Sobre as Ondas”, quando a maré está alta a água chega a bater até sua base.
Inicialmente o local era chamado de praia das Laranjeiras, devido a uma antiga moradora D. Maria Malta, cultivar laranjeiras. Mas tarde, por conta de pragas, a lavoura foi destruída e a proprietária passou a plantar pitangueiras, daí seu nome atual. A história da ilha começou nessa praia central do Guarujá. No início do século 20, o Grande Hotel La Plage, com arquitetura inspirada nos modelos europeus, foi uma das primeiras construções da cidade, nele havia um cassino que era muito frequentado pela alta sociedade da época, inclusive o visitante mais ilustre foi Santos Dumont.
Além da Praia das Pitangueiras, tem mais 26 praias, algumas como: Guaiúba, Tombo, Astúrias, Enseada, Pernambuco, que possui uma vista privilegiada para a Ilha dos Arvoredos (com visitas rigorosamente controladas), Mar Casado, Perequê, e tantas outras lindas, muitas delas consideradas excelentes para a prática de surf e outros esportes náuticos.

Sinceramente, vale a visita. Amei!