quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Nazaré VII


    

     Esta pequena vila litorânea fica no distrito de Leiria, a 120 km de Lisboa, famosa por suas ondas gigantes, por suas lendas e por suas vestes típicas de nazarenas. O nome Nazaré foi dado em homenagem à santa Nossa Senhora de Nazaré.
     Esta cidade virou atrativo muito importante, pois fica em uma região de uma grande riqueza histórica e patrimonial, sendo uma vila fantástica para passar as férias e conhecer um pouco mais de suas tradições. Conta com aproximadamente 10.000 habitantes, muito hospitaleiros que celebra suas tradições.
     O sítio de Nazaré é um dos principais bairros, onde a história da cidade começou. Ele fica no alto da montanha e é um local onde prevalece a peregrinação e culto, já que foi lá que a Nossa Senhora de Nazaré apareceu, segundo a lenda. O acesso até o topo do sítio se dá de carro ou a pé, através de uma escada. um bondinho também faz este trajeto. Outro ponto turístico é o Miradouro do Suberco, o forte de São Miguel Arcanjo e a Praia do Norte (onde se dão as maiores ondas e se realizam campeonatos de surf, inclusive muito noticiado há alguns dias atrás).
     O forte de São Miguel fica localizado perto da praia do Norte e é onde fica o famoso Farol de Nazaré, que garante fotos incríveis com formação das ondas, dando uma ilusão de ótica muito legal, pois parece que a onda está ali perto e enorme. O forte foi erguido para servir de proteção dos ataques de piratas argelinos, marroquinos e normandos. As muralhas atuais foram construídas por cima de outro forte que datava de 1577. As modificações, como a porta de entrada, foram introduzidas por D. João IV.
     Foi na praia do Norte que o surfista havaiano Garrett McNamara bateu o recorde mundial (Guiness Book) da maior onda já surfada, de 30 m de altura em 2011. Isso graças ao “Canhão da Nazaré”, um fenômeno geomorfológico submarino que permite a formação de ondas gigantes e perfeitas. Trata-se do maior desfiladeiro submerso da Europa, com cerca de 170 m ao longo da costa que chega a ter 5000m de profundidade. Essas ondas costumam se formar no inverno.
     Virados para o mar, do lado direito, é onde vemos a parte mais alta, uma das mais conhecidas panorâmicas da costa portuguesa. São 318 metros de rocha a cair a pique até o mar. Pode-se chegar a pé, para os mais corajosos ou de ascensor ou funicular que tem mais de 100 anos e originalmente funcionava a vapor. Cada viagem custa 1,20 €, o trajeto leva em torno de 15 minutos.
     Nossa visita a esta praia foi muito rápida, pudemos ter uma idéia da dimensão dos paredões e de sua praia muito azul e suas ondas maravilhosas.
     Antes de seguir viagem, uma pausa para o lanche. Imperdível a sorveteria Gelatomania, com um waffel crocantíssimo e sorvete de creme.           
     Acredito que foi o melhor lanche que fiz em toda a viagem!
     Havaianas guardadas é hora de seguir viagem. Próximo destino Óbidos!






segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Coimbra VI



Malas no carro, o destino agora é Coimbra!
Foi à capital de Portugal antes de Lisboa, no período de 1139 a 1255 e por isso ainda conserva ares medievais. A cidade fica em uma colina às margens do rio e nela está o primeiro Panteão Nacional, o Mosteiro de Santa Cruz. Panteão é um templo dedicado ao conjunto dos deuses, entre os antigos gregos e romanos. Atualmente o termo é designado para um mausoléu que abriga os restos mortais de diversas pessoas notáveis.
Conhecida mundialmente pela Universidade de Coimbra, uma das primeiras universidades européia fundada por D. Diniz em 1290. Cartão postal e também a principal atração da cidade. Localizada no topo do morro onde fica o centro histórico, pode ser vista praticamente de qualquer ponto da cidade. É uma cidade importante para a história de Portugal, tanto histórico como educacional e como todas as belas cidades do mundo, Coimbra tem um rio que cruza seu território. O Mondego é o quinto maior de Portugal.
Um passeio pelas redondezas da universidade garante estar em um local que já foi tomado no passado por diversas populações, como povos indígenas, romanos, muçulmanos e foi o castelo dos principais reis de Portugal durante a época em que Coimbra era a capital do país.
Cidade de ruas estreitas, pátios, escadinhas, arcos medievais, foi o berço de nascimento de seis reis de Portugal da Primeira Dinastia. Hoje são cheios de repúblicas centenárias, recheadas de estudantes do mundo todo.
Quando fizemos a visita era um dia com bastante cerração, parecia um dia típico de inverno, chuvinha leve, mas a paisagem bucólica não tirou o brilho do lugar. Ficamos poucas horas na cidade, o suficiente para dar aquele gostinho de quero mais, quem sabe voltar em outra oportunidade.
“Uma história de amor torna-se grande pelas lendas que a mantêm viva”. É isso que ocorre num local chamado Quinta das Lágrimas, onde no século XIV, aconteceu em Portugal, uma clássica história de Romeu e Julieta lusitano.
Pedro era filho do rei de Portugal, herdeiro do trono e Inês era aia que veio acompanhando a princesa espanhola D. Constança, futura esposa de Pedro. Os dois acabaram se apaixonando e se encontravam as escondidas nos jardins desta quinta, onde Pedro foi morar com Inês, após a morte de sua esposa, causando um grande escândalo na corte.
Juntos tiveram quatro filhos, o que só agravava a situação política e o desagrado popular. Foi durante uma viagem de D. Pedro I, para caçar, que o assassinato aconteceu. O rei D. Afonso IV envia a ordem para que executem Inês de Castro, ela foi degolada.
Reza a lenda que foram as lágrimas derramadas por Inês durante a sua morte que deram origem à Fonte dos Amores (1326), localizada nos fundos da quinta e a Fonte das Lágrimas (1580), diz à lenda que o sangue de Inês morta teria deixado manchas de algas avermelhadas na rocha, visível ainda hoje.
A revolta de Pedro foi tão grande que ele mandou desenterrar o corpo da amada e a coroou, mesmo morta.
O cenário deste grande amor, hoje abriga um luxuoso hotel, onde é possível visitar os belíssimos jardins que reúnem espécies do mundo todo.
Outro local aprazível e belíssimo de visitar é o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, criado em 1772, considerado Patrimônio da Humanidade da UNESCO, possui mais de 13,5 hectares em terrenos doados pelos frades Beneditinos. Distribuídos por vários patamares, escadaria e avenidas, é um dos jardins botânicos mais conceituados a nível mundial, permitindo uma viagem aos quatro cantos da Terra, devido à diversidade de plantas que possui.
Próximo ao local está o Aqueduto de Sao Sebastião, também chamado Arcos do Jardim. Ele remonta à época romana, quando esse primitivo aqueduto abastecia a parte alta da povoação. Foi reestruturado no século VXI e hoje é um monumento nacional. Em frente foi erguida uma estátua do papa João Paulo II quando em sua visita a Coimbra, ambos na freguesia de Almedina.
Próxima parada! Nazaré!