As essências florais sintetizam os fundamentos de
uma nova medicina, criada pelo Dr. Bach, tornam-se extremamente benéficas e
eficazes na promoção da saúde, já que as doenças se originam, em grande parte,
nas emoções mais profundas, que estão em desequilíbrio e mal resolvidas dentro
de nós.
Dr. Bach buscava algo que aliviasse o sofrimento das pessoas,
em sua longa caminhada de descoberta das essências florais, encontrou Agrimony,
escreveu sobre ela em 1933.
Esta planta cresce até uma altura de 30 a 60 cm,
principalmente nos campos, nas cercas vivas e à beira das estradas, por onde passam
pessoas. Possui frutos que tem muitos ganchos que aderem às roupas dos transeuntes,
assim ele percebeu uma característica desta planta: necessidade de tocar o outro, porém
Agrimony é estranhamente solitária. Mesmo quando cresce por todo campo, cada
planta é distintamente separada com seu próprio espaço, intercalada com muitas
outras flores de pastagem. Agrimony não cresce em grupo como Impatiens.
O tipo Agrimony
apresenta um alto grau de sensibilidade e a planta ilustra isso pela delicadeza
de sua folha e de seu caule, ambos cobertos por uma penugem. As folhas são
extraordinariamente finas e macias, especialmente quando jovens. Essa penugem é
um sinal da natureza sensível e receptiva da planta. Elas são pontilhadas de folíolos, dispostos em ambos os lados de
uma haste comum e são intensamente recortadas e sulcadas. Isso evidencia a
energia agitada do tipo Agrimony: estressado e desequilibrado.
Segundo Julian Barnard,
em seu livro Forma e Função*, as flores de Agrimony, brotam agrupadas no caule,
apontam para o horizonte, observando a terra sem contemplar o céu. Como
receptores de radar de sinais terrestres elas fazem a varredura de mensagens do
mundo dos humanos ao seu redor. Nesse sentido o tipo Agrimony é um receptor que
absorve a dor e o estresse emocional ao seu entorno. As flores são amarelas,
isto poderá sugerir que esse tipo tenha uma característica mental, pelo
contrário o tipo Agrimony é fortemente emocional: e uma profusão de
sentimentos. Essas pessoas não gostam de pensar, eis aí uma das razões para que
procurem companhia.
Dr. Bach comparava o
caule de Agrimony com o campanário de uma igreja e suas sementes com os sinos.
Planta posteriormente conhecida como “torres
de igreja”. Estas hastes em forma de espiga tendem a se curvar mais na
extremidade, como se perdessem a confiança (Larch). Cada espiga é um dedo
apontando para o céu e as flores abertas ao longo das hastes forma-se um anel
dourado de fogo, que arde ascendentemente durante as semanas de floração do
verão.
Assim que findam as
flores suas pétalas caem, outras flores desabrocham na parte superior da mesma
haste. Progressivamente formam-se frutos separados e cobertos por pequenos
ganchos, buscando uma jornada individual para o futuro, pois esta é uma planta
que usa aqueles que passam, como um veículo para sua difusão e propagação. Cada
fruto tem um destino individual, embora curiosamente existam duas sementes em
cada um dos invólucros em forma de sino. As sementes grudam nas roupas de quem
passa, como se quisessem acompanhá-las. Isso descreve claramente o “desejo de companhia” que sente o tipo
Agrimony, que suprime a emoção e, rindo, tenta ignorar o conhecimento. Conhece,
mas finge não conhecer.
“A lição dessa planta é permitir que a pessoa mantenha a paz na
presença de toda a provação e dificuldades, até que ninguém tenha o poder de
lhes causar irritação”.
*Remédios Florais de Bach, Julian Barnard, 2012
