quinta-feira, 22 de maio de 2014

A charmosa cidade de Tiradentes / MG

No interior de Minas Gerais à aproximadamente 200 km de Belo Horizonte tem uma cidade simples e interessante que é puro charme. Tiradentes é tão linda que parece que estamos viajando pela história, entrando nos livros antigos de Estudos Sociais. Sim, porque quando estudante na escola primária este era o nome de uma matéria onde estudávamos Historia, Geografia assim como Política.  Convido a todos a fazer este passeio comigo.
A cidade de Tiradentes foi fundada por volta de 1702, possui um dos conjuntos arquitetônicos mais preservados entre as cidades históricas brasileiras. Não tem a suntuosidade barroca de Ouro Preto ou de São João Del Rei, mas com certeza é a mais charmosa das cidades históricas.
Caminhar por ruelas de pedra, mergulhar na obra de Aleijadinho, admirar a herança colonial da cidade e o deslumbrante visual montanhoso já vale a viagem. As igrejas do século XVIII dividem a atenção com o preservado casario formado por sobrados que abrigam restaurantes e pousadas, antiquários e lojas de artesanato que acendem seus lampiões na fachada ao anoitecer. O cenário encantador já foi palco de locação para filmes, seriados e novelas, sem contar a exuberante vegetação “Serra de São José” que moldura a pequena cidade, com montanhas típicas de Minas Gerais.
Os passeios podem ser feitos a pé ou por charretes que ficam estacionadas no Largo das Forras, circulam por todas as atrações turísticas. A história é relatada por simpáticos condutores treinados para receber cordialmente os turistas. Não podem ficar de fora do roteiro o Chafariz de São José, as igrejas de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, Nossa Senhora das Mercês dos Pretos Crioulos e a Matriz de Santo Antônio, Museu Padre Toledo.
Vejamos a história desta cidade. “Tiradentes foi uma das cidades que mais teve ouro de superfície no Brasil, e graças a essa abundância, o arraial se desenvolveu, sendo elevada em 1718 a categoria de Vila de São José Del Rei, ganhando a configuração arquitetônica que permanece até hoje. A decadência do metal não impede a Coroa Portuguesa de lançar a derrama, exigindo o pagamento compulsório de impostos atrasados do quinto do ouro. Esta atitude opressora da metrópole faz nascer um sentimento revolucionário, que ficou conhecido como Inconfidência Mineira. Em 6 de dezembro de 1889, com a valorização da figura do alferes, o governo republicano decide trocar o nome da cidade para Tiradentes, homenageando o filho ilustre (Joaquim José da Silva Xavier). Tiradentes tornou-se um dos centros históricos da arte barroca mais bem preservados do Brasil, por isso voltou a ter importância, agora turística. Na metade do século XX foi proclamada patrimônio histórico nacional tendo suas casas, lampiões, igrejas, monumentos e demais partes recuperadas".
Dentre as inúmeras igrejas a matriz de Santo Antônio merece destaque, construída por Aleijadinho no alto de uma ladeira, em 1710, é a segunda igreja em ouro do Brasil, sendo a primeira em Salvador (Ba), é uma das mais belas construções barrocas do país. No interior da mesma, há um órgão original que veio de Portugal, datado de 1788, considerado um dos quinze mais importantes do mundo.

Faz algum tempo que visitei esta acolhedora cidade, um dia vou retornar. Com certeza um belo passeio!
Igreja Matriz de Santo Antônio, o melhor da arte sacra, um dos últimos trabalhos realizados pelo mestre Aleijadinho. Sua arquitetura interior é abundante em obras de ouro.
Chafariz de São José, construída em 1749 pelos escravos da cidade.
Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, situada próxima à antiga cadeia, construída em 1708, feita de pedra.
Passeios pela cidade...

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Roteiro Delícias da Colônia - Estrela

Estrela é um pequeno município do Rio Grande do Sul, localizada as margens do rio Taquari cercado de um verde deslumbrante com aproximadamente 33.000 habitantes, distante 116 km de Porto Alegre, de colonização germânica.
Toda cidade do interior tem uma festa tradicional, assim o Festival do Chucrute de Estrela é um dos eventos folclóricos mais antigos do Brasil. Ocorre todos os anos, em sua 49ª edição, o festival contará com a tradicional apresentação do grupo de danças folclóricas, que este ano completa 50 anos de funcionamento ininterruptos. O evento ocorre em duas datas, 17 e 24 de maio, no Centro Comunitário Cristo Rei.
Quem visita Estrela deve conhecer o “Roteiro Delícias da Colônia” passando primeiramente pelos principais pontos históricos do município. Depois por uma estrada de chão segue o tour pelo interior, chegando ao “Recanto da Avestruz”, onde é possível observar a criação desta ave, apreciar o artesanato e também degustar os produtos coloniais.
Seguindo a visitação chegamos ao “Alambique Berwanger onde é oportunizado ao visitante o acompanhamento do processo de destilação da cachaça vivenciando as instalações e o ambiente colonial, com degustação numa casa centenária em estilo enxaimel.
Para uma sobremesa diferenciada, deliciosos chocolates são produzidos de forma artesanal por “Sirlei Chocolates”, a qualidade dos produtos e a originalidade das embalagens é imperdível para os amantes do chocolate.
Recomendo visitar o festival do Chucrute, são nove anos que vou a Estrela nesta data. Cada ano é uma surpresa, um passeio diferente pela cidade e arredores.




terça-feira, 13 de maio de 2014

Plátanos multicoloridos


A serra gaúcha encanta por seu clima europeu e também por sua vegetação. No outono os plátanos modificam a paisagem dando um toque todo especial, parecem indiferentes às mudanças que ocorrem em seu redor. São majestosos, imponentes, parecem ter vontade própria. As árvores de plátanos que beiram as estradas nos proporcionam um visual multicolorido. Observá-las é algo mágico, é como se andássemos no tempo, pois elas vivem intensamente as quatro estações do ano.
Na Primavera, ficam cheios de rebentos e folhas novas de um verde claro. No verão os plátanos ficam frondosos e cheios dando uma sombra aconchegante. No outono, as folhas tornam-se multicoloridas amarelas, ocre e vermelhas que lembram uma despedida, provavelmente do calor do Sol. No Inverno perdem toda a folhagem ficando apenas com o tronco e os ramos como se estivessem se despindo do passado.
Fiz uma rápida pesquisa no Google, precisamente na Wikipédia e descobri uma variedade enorme de “plátanos”, os que fotografei na estrada de acesso a Flores da Cunha pertence à variedade de “plátanos occidentalis”. Vou contar para vocês um pouco da história destas lindas árvores.
Os plátanos são árvores do gênero “platanus”, que compreende dez espécies e vários híbridos como o plátano americano (platanus occidentalis) e plátano europeu (plátano orientalis), cultivados para fins ornamentais, nativas da Eurásia e da América do Norte. A árvore cultivada no Brasil é uma espécie híbrida que chegou a região sul com os imigrantes italianos, ainda no século XIX. Típicas dos climas subtropical e temperado. Podem atingir mais de 30 metros de altura. Possuem folhas lobadas semelhantes às do bordo, que ficam avermelhadas no outono antes de caírem no inverno.
A história relata que foi à sombra de um plátano que Hipócrates meditou acerca do segredo da ciência médica e instruiu seus discípulos. Assim, a árvore de Plátano, tornou-se testemunha dos ensinamentos e de seu juramento médico, famoso então por ser “Juramento de Hipócrates”.
Muitas vezes, crê-se que a folha do plátano é a que está simbolizada na bandeira do Canadá, no entanto, a folha ilustrada é a de “bordo vermelho”. A confusão ocorre devido à semelhança física entre elas. As duas árvores pertencem a gêneros diferentes: plátano (Platanus) e bordo (Acer).

A árvore de Plátano é um termômetro que identifica os vários movimentos psicológicos da vida e observá-lo é expandir-se para além do tempo e do espaço é transcender nossa realidade para unir-se a beleza da vida, portanto é uma árvore que simboliza regeneração e saúde.


É legal observar as diferentes datas. As fotos foram tiradas em março e maio.