quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Circuito Germânico - continua ...

                       Rüdesheim am Rhein

 Se você, assim como eu, pensa que a Alemanha é um país exclusivamente cervejeiro, vai se surpreender com Rüdesheim am Rhein. Uma pequena cidade aconchegante localizada na região do Vale do Rio Reno, declarada Patrimônio da Humanidade, o destaque fica por conta de ser uma excelente produtora de vinhos.

Sem dúvida, esta é uma daquelas viagens fundamentais para conhecer mais belezas desta rica Alemanha. Você pode sair sem rumo de carro, quem sabe uma viagem nostálgica a bordo de um trem que contorna o Reno ou simplesmente se deixar levar e navegar pelas águas calmas do Vale do Rio Reno e apreciar os vinhedos ou as inúmeras fortalezas e castelos ao longo da margem.

Desde o princípio, a cidade sempre teve forte conexão ao cultivo de uvas, destaque para a Riesling e a fabricação de vinhos. Então, basta olhar para o lado e ver os montes que a rodeiam cheios de vinhedos. Afinal a cidade fica no meio da famosa região vinícola alemã conhecida como Rheingau.

Apesar de ter sido destruída na 2ª Guerra Mundial, Rüdesheim foi reconstruída com muito charme e se refez. Desde então, sua popularidade é grande entre alemães e estrangeiros. Aliás, as pesquisas mostram que 50% dos visitantes são de outros países. E lotam suas pequenas vielas, seja no verão ou no inverno.

De longe essas vielas parecem um cenário de filme e quando você passa a sensação é ter sido transportado no tempo, assim é Drosselgrasse. Um beco estreito e charmoso com muitas lojinhas, trechos com cobertura de parreirais e casa típicas no estilo enxaimel. A rua possui apenas 144 metros de extensão, construções preservadas que remetem a séculos passados. O point gastronômico de Rudesheimer reúne várias atrações ao longo do percurso, como restaurantes especializados em receitas regionais, quase todos animados com música ao vivo. Algumas vou contar para vocês.

Imperdível o icônico café preparado na mesa, peça um Rüdesheimer Kaffee com Asbach Uralt (Asbach Uralt é uma aguardente de 3 anos produzida no local. Uma mistura de 25 tipos diferentes de destilações de vinhos, dando-lhe um sabor adocicado e suave no paladar, com sabores de uvas e nota de ameixas e nozes. É uma atração à parte, acompanhado de um Apfelstrudel ou Schwarzwälder Kirschtorte (torta floresta negra). A receita deste famoso café foi criada em 1957, por Karl Adam, Chef alemão que participava de um programa de televisão, os ingredientes são basicamente cubos de açúcar flambados, asbach uralt e café forte, no topo chantilly e chocolate.

Uma parada para um Aperol, no final da tarde. Winzekeller não está exatamente na Drosselgrasse, mas fica em frente ao fim da rua, ou seja, quando você termina de subi-la é inevitável não se deparar com o imóvel de dois andares e terraço externo, que existe desde 1609. O ambiente é espaçoso e agradável. Você pode escolher tomar um vinho na área externa enquanto vê o movimento ou degustar tranquilamente uma refeição tipicamente alemã.

O relógio da Cidadela, Clockenspiel, toca seus sinos de meia em meia hora, oferecendo um espetáculo para os turistas. Seus sinos são feitos de Porcelana de Meissen e as figuras de madeira representam os quatro grandes anos das safras vinícolas no século XX da região, uma das atrações mais populares.

Essas cidades são paradas obrigatórias, uma imersão a cultura do povo alemão.















quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Circuito Germânico - continua...

                           FREIBURG – Capital da Floresta Negra

Conhecida como a “cidade mais ensolarada da Alemanha”, a simpática Freiburg (Freiburg im Breisgau), está bem pertinho das fronteiras com França e Suíça e é um daqueles destinos onde um roteiro bem planejado pode se tornar uma experiência inesquecível.

Freiburg detém o título de “Toscana da Alemanha” atrai muitos visitantes por conta do seu centro histórico medieval repleto de construções góticas e por estar incrustrada em meio às colinas da lendária Floresta Negra.

Esta cidade vibrante e histórica oferece uma mistura encantadora de charme do velho mundo e sofisticação moderna. No seu coração, praça central Münsterplatz, encontra-se um dos seus marcos mais emblemáticos “a Catedral de Friburgo (Freiburger Münster) uma impressionante catedral gótica com uma história que remonta a mais de 800 anos.

Um historiador de arte certa vez descreveu a impressionante torre da Catedral de Freiburg como a “torre mais bonita do mundo”. De fato, com seus 116 metros de altura, ela é um verdadeiro marco da cidade e o campanário pode ser visto à partir de qualquer ponto de Freiburg.

A construção da Freiburger Münster começou em 1200 terminando em 1513. A obra foi iniciada no estilo romanesco, porém, mais tarde, mudou para um estilo gótico elaborado. A igreja, com sua famosa torre quadrada tornou-se catedral no século XIX e, desde então, é um lugar católico muito importante e muitos a consideram uma joia da arquitetura gótica.

 Um detalhe muito impressionante é que, enquanto cerca de 80% do centro histórico de Freiburg foi completamente destruído por bombardeios durante a Guerra – incluindo os arredores da Münsterplatz – a Catedral em si permaneceu intacta! Até mesmo seus vitrais originais foram preservados, uma vez que foram previamente removidos justamente para ficarem protegidos de qualquer ataque.]

Considerada uma cidade ecologicamente correta, não aceita carros em seu centro, por isso ganhou também o título de “Capital das Bicicletas da Alemanha”.

Em Freiburg você verá estreitos canais de água conhecidas como Bächle, que desde a Idade Média fluem pelas ruas e becos do centro histórico. Alimentados pelas águas do rio Dreisam, esses canais tinham no passado um importante papel no fornecimento de água potável e também o combate a incêndio. Hoje, são mais do que uma mera atração estética, tem um significado histórico e estão profundamente enraizados na cultura da cidade.

Münsterplatz: a praça da Catedral de Freiburg. Saindo da Rathausplatz, é hora de partir para a Münsterplatz (ou praça da Catedral), a mais importante praça de Freiburg. A histórica praça concentra alguns dos principais edifícios e atrações da cidade, como a própria Münster (a Catedral de Freiburg),

Friburgo é considerada excelente em termos de qualidade de vida, destacando-se por sua vida cultural, pelo desenho urbano e pela mobilidade, graças a um ótimo sistema de transportes públicos, sendo que o centro da cidade é, em grande parte, fechado ao trânsito de automóveis particulares. Conhecida como "eco-city", Friburgo também se destaca como centro de produção e de pesquisas de energia solar.

É uma típica cidade medieval alemã bastante impactada pela Segunda Guerra Mundial, mas que teve seu charme preservado e que é muito animada.

                                       Bächle - canais de água


Freiburger Münster - Catedral










domingo, 20 de outubro de 2024

Circuito Germânico - continua...

        Castelo de Heidelberg  - Schloss Heidelberg

A Alemanha é um país que traz diversos cenários dignos de contos de fadas, paisagens deslumbrantes e construções majestosas em diferentes cidades. Um desses locais imperdíveis é o Castelo de Heidelberg, considerada uma das ruínas mais bonitas.

É preciso fazer um post deste local, que é simplesmente lindo! Como pode uma ruína ser tão maravilhosa! Isso mesmo, e agora vou contar o porquê.

No topo da cidade de Heidelberg está esse suntuoso castelo, um símbolo do romantismo alemão com suas famosas ruínas, que contam a história de guerras e um casamento que marcou a História da Europa.

O casamento entre Frederico V, príncipe-eleitor do Palatinado, e Elizabeth Stuart da Inglaterra, em 1613, marcou a história do Castelo de Heidelberg. O castelo foi transformado em um palácio para receber a esposa e a comitiva que veio de Londres.

Este icônico castelo é um dos mais famosos da Alemanha, as primeiras construções datam por volta do ano de 1300, era usado como residência da maioria dos príncipes eleitores (foram os membros do colégio eleitoral do Sacro Império Romano-Germânico, tendo desde o século XIII, a função de eleger o Rei dos Romanos).

Para chegar ao castelo há duas formas, você pode subir caminhando a partir do centro da cidade ou pegar um funicular (Bergbahn).

Pois bem, o castelo de Heidelberg é composto de vários edifícios, cada qual de um período, ao redor de um pátio interno. Do terraço é possível ter uma vista da cidade de Heidelberg até o horizonte, do rio Neckar e da ponte Karl-Theodor, um dos símbolos da cidade. Este local oferece uma visão fascinante da vida da realeza alemã ao longo dos séculos e proporciona vistas panorâmicas da cidade.

Como o Castelo de Heidelberg se tornou ruína? Era uma curiosidade que eu também tinha, fui pesquisar!

Este castelo passou por diversos abalos: foi destruído na Guerra dos Trinta Anos (século XVII, entre os anos 1618 e 1648) e posteriormente, os franceses invadiram a cidade, explodiram as torres do castelo. No final do século XVII destruindo-o novamente durante a Guerra da Grande Aliança ou Guerra dos Nove Anos. Entretanto, não foi apenas isso que destruiu parcialmente a construção. Em 1537 e 1764, raios atingiram o castelo causando um grande incêndio

O Castelo foi a primeira residência do Conde Palatino que reinava na região, no século XIII. Continuou sendo residência dos nobres da região ao longo dos séculos, foi ampliado e reformado, tornando-se um castelo medieval fortificado.

No século XVIII, os nobres de Heidelberg perderam o interesse no castelo, uma vez que ele se encontrava gravemente danificado, e mudaram sua residência para Mannheim.

Dentro do Castelo encontramos o maior barril de vinho do mundo. Construído para abrigar o vinho pago como impostos pelos vinicultores da região, em 1751. Com capacidade para mais de 220 mil litros, o equivalente a 58.124 galões. A estrutura gigantesca que impressiona, tem 7 metros de altura e 8,5 metros de largura. O barril tem até uma pista de dança embutida sobre ele, que era a alegria da família real e de seus convidados.

Também é possível visitar o Museu Alemão da Farmácia, localizado dentro do castelo. Esse museu traz uma visão incrível sobre a história da farmácia na Alemanha, com uma coleção extensa de frascos, móveis, instrumentos e receitas antigas. Há um laboratório alquimista e é possível aprender muito sobre as terapias usadas pelas gerações passadas, como a manipulação de ervas. Um acervo lindo e completo que conta também com porcelanas italianas, holandesas e alemãs.

Os jardins do castelo!!!! Ah! Os jardins!!! Apesar de admirar o que restou ainda são lindos, chamados de Hortus Palatinus, já foram considerados a oitava maravilha do mundo. Projetado para ser um dos maiores jardins renascentistas, antes de ser destruído em bombardeios dos conflitos da época, os jardins eram compostos de labirintos e caramanchões, inúmeras esculturas, estufa aquecida, lagos, cachoeiras e uma gruta artificial.

Apesar do Castelo de Heidelberg estar em ruínas, é um dos castelos mais importantes da Alemanha e pode ser visto de vários lugares de Heidelberg. E aí! Gostou?



                                             
                                             Museu da farmácia


                                        A maior pipa do mundo







sábado, 19 de outubro de 2024

Circuito Germânico - continua...

                         HEIDELBERG

É uma das cidades mais charmosas, lindas e animadas da Alemanha, conhecida pelo seu encanto histórico, paisagem natural deslumbrante, acolhedora, com um ar romântico, situada às margens do rio Neckar, no sudoeste da Alemanha.

Repleta de história, uma arquitetura rica, incluindo o icônico Castelo de Heidelberg, pitorescas ruas e a prestigiada Universidade, fundada no século XIV, uma das mais antigas instituições de ensino da Alemanha, uma mistura de passado e presente, com certeza um destino obrigatório.

Contando um pouco de história. A Idade Média trouxe consigo a construção do Castelo e a fundação da Universidade de Heidelberg em 1386, solidificando a importância da cidade como um centro de poder e conhecimento.

A Universidade atraiu mentes brilhantes de toda a Europa, tornando-se um farol do humanismo e das ciências. Apesar das devastadoras guerras que deixaram marcas profundas na cidade e no castelo, Heidelberg ressurgiu como um símbolo de resiliência e história. Na era moderna, a cidade manteve sua relevância e apelo global.

Foi em Heidelberg que Martinho Lutero defendeu sua tese e desta pequena cidade saíram 55 prêmios Nobel (ganhadores que estudaram ou lecionaram).

A cidade, que sobreviveu em grande parte aos horrores da Segunda Guerra Mundial, continua a ser um hub de inovação, educação e pesquisa, atraindo visitantes de todo o mundo para explorar e aprender sobre seu passado multifacetado e sua vibrante vida cultural.

A igreja gótica Heiliggeistkirche destaca-se na Marktplatz, praça principal repleta de cafés na Altstadt (cidade antiga). As ruínas do Castelo de Heidelberg, em arenito vermelho e localizado na colina Königstuhl, são um exemplo famoso da arquitetura renascentista. A Ponte Velha (Alte Brücke) é outro emblemático marco da cidade. Esta ponte histórica, erguida sobre o rio Neckar, tem suas raízes na época medieval, sendo uma das estruturas mais reconhecíveis da cidade. A ponte, composta por uma série de arcos de pedra, não só serve como um importante elo de transporte entre as duas margens do rio, mas também como um símbolo da resistência e da história da cidade.

Antiga Universidade (Alte Universität), edifício construído entre 1712 e 1728, que hoje abriga o Museu da Universidade assim como o museu da Prisão Estudantil, com exposições permanentes e temporárias.

Barril de Heidelberg (Heidelberg Tun), localizado dentro do Castelo, este barril é um maravilha da engenharia do século XVIII, sendo o maior barril de vinho do mundo. Construído em 1751, com uma capacidade surpreendente de 219.000 litros. Este barril colossal simboliza a rica tradição vinícola da região e serve como uma atração fascinante para aqueles interessados na história vinícola e arquitetônica.

Curiosidades de Heidelberg – a primeira bicicleta foi inventada por Karl Drais, estudante da Universidade de Heidelberg, que representou o início do transporte pessoal mecanizado. Foi o primeiro meio de transporte a fazer uso do princípio das duas rodas, mesmo que não tivesse pedais.

Ao contrário de muitas cidades alemães, Heidelberg não foi destruída por ataques aéreos na Segunda Guerra Mundial e, portanto, ainda possui edifícios originais da Idade Média posterior e do início da Renascença.

No início do século XIX voltou o interesse pelo Castelo de Heidelberg, mas dessa vez os interessados eram viajantes, músicos, poetas e pintores, que imortalizaram o ar romântico das ruínas em poemas, canções e imagens.

Vale muito este passeio, recomendo pelo menos duas noites no local!


pelas ruas de Heidelberg

Maior Barril do Mundo
Charmosas ruas com barzinhos
As ruínas do Castelo de Heidelberg








terça-feira, 8 de outubro de 2024

Circuito Germânico - continua...

                      LAGO DE CONSTANÇA – ILHA DE MAINAU

Konstanza, destino queridinho de férias dos alemães que querem fugir do agito das grandes cidades. Com 63 Km de comprimento, o azul imenso do lago cercado de vinhedos, cidades pequenas e charmosas atrai os viajantes mais exigentes, que buscam novos roteiros e lugares especiais. Uma ótima opção é conhecer os vinhedos, um passeio de um dia, inclui a degustação de vinhos em três vinicultores.

O lago de Constança (em alemão, Bodensee) situa-se a 395m acima do nível do mar, é o maior lago da Alemanha atravessado pelo rio Reno e situado na fronteira da Alemanha com a Áustria e a Suíça. Considerado o terceiro maior lago da Europa Central. Um fato curioso é que apesar de estar em um lago da Alemanha, Áustria e Suíça, a ilha de Mainau é propriedade da família Real Sueca.

Também conhecida como a ilha das flores (Die Blumenisel), Mainau, está localizada no lago de Constança, na Alemanha, este paraíso restaurado atualmente pertence ao Conde de Bernadotte, seu castelo barroco, que desponta ao longe sobre a copa das árvores, pertenceu durante 500 anos aos cavaleiros da Ordem Teutônica, desde o século XIII.

Um destino muito procurado entre a primavera e o verão pelo bom clima e colorido sem fim do local. É bem sinalizada, com placas indicativas por todos os lados e oferece gratuitamente logo na entrada, um mapa completíssimo com todos os pontos de interesse e que ajuda muito no planejamento do seu dia por lá.

A ilha das flores tem 45 hectares de lindos jardins e várias atrações para você curtir um lindo passeio, acompanhado ou simplesmente sozinho para curtir o que o local tem de melhor, a natureza! É aberto o ano inteiro para visitação, mas é na primavera que os jardins ficam repletos de tulipas.

Logo na entrada você é recebido pelas borboletas. O borboletário é o segundo maior da Alemanha, um espaço bem tropical com uma mini cachoeira, diversas plantas e muitas borboletas de infinitas cores.

Seguindo, temos vários biergarten, com mesas e ombrelones que nos convidam a um drink. Parada para descanso em meio aos jardins floridos.

Para os fãs da aviação é possível fazer um passeio com o Zeppelin, e de lá se surpreender com a deslumbrante vista, o contraste do azul do lago, colorido das flores e o verde dos parreirais.

         

                  

                   


  








quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Circuito germânico - continua

                        INNSBRUCK

A cidade de Innsbruck, capital do Tirol, está quase na fronteira entre a Áustria e a Alemanha. O seu nome consiste na junção do nome do rio que corta a cidade (Inn) com a palavra bruck (tem origem na palavra alemã Brucke), que significa ponte. Assim, o nome da cidade seria “Ponte do Rio Inn”.

Innsbruck está diretamente ligada ao Império dos Habsburg, que foram imperadores da Áustria por mais de seis séculos. Assim, a cidade tem vários atrativos de uma cidade imperial, sendo atravessada pelo majestoso rio INN.

Possui lindos jardins e verdadeiras joias arquitetônicas a cada esquina. Um centrinho muito simpático (é uma cidade universitária), está cravada entre as montanhas dos alpes austríacos que tradicionalmente é um destino para a prática de esportes de inverno.

Sobre a arquitetura da cidade, ela é tipicamente tirolesa e passear pelas ruas do centro é um prazer para os olhos. Cada prédio de uma cor e com um “bordado” diferente nas paredes. O maior destaque é um edifício cujo telhado, dizem, é folheado a ouro. Golden Roof (telhadinho de ouro) localiza-se bem no coração do centro de Innsbruck. Na verdade ele não é feito de ouro e sim de cobre forjado em fogo, antiga residência real, sendo um dos símbolos da cidade.

Quanto aos esportes, as opções são inúmeras, tanto para quem só quer passear quanto para os mais esportivos que se aventuram a esquiar. A cidade é rodeada por montanhas, que torna o visual mais belo. Ao todo são 9 estações de esqui, incluindo uma geleira que fica a 3.300m de altitude.

O Arco do Triunfo, se localiza no coração da vida comercial, foi construído em 1765, por determinação da Imperatriz Maria Teresa.

Para os amantes de vinho, a fábrica da Riedel (taças) fica próxima de Innsbruck, oferece aos visitantes a oportunidade de conhecer o processo de produção de taças para cada tipo de vinho. Impressionante a habilidade, são cerca de 50 profissionais para fazer uma taça que é feita a mão e soprado na boca.

A Riedel se reúne com os vinicultores e sommeliers para estudar o melhor formato do copo para cada tipo de vinho, buscando obter o máximo que o vinho pode dar. Recentemente foi criado também um copo para café, a Nespresso tem a exclusividade na venda. É incrível a cremosidade e a concentração do sabor do café.

Esse é um lugar, sem sobra de dúvida muito especial, com beleza para todo lado.

                                  telhado de ouro




Arco do Triunfo











terça-feira, 1 de outubro de 2024

Circuito Germânico - continua...

                                       LINDERHOF

Linderhof é um palácio real na Alemanha, inspirado em Versalhes, construído entre 1869 e 1878, pelo Rei Ludwig II, o mesmo que construiu Neuschwanstein).

Fica localizado nas proximidades de Oberammergau e da Abadia de Ettal, no sudoeste da Baviera, era o refúgio preferido do famoso “Rei Louco”. O arquiteto do parque, Carl von Effner, incorporou a paisagem montanhosa na construção, e os caminhos do parque levam até os picos das montanhas.

O objetivo do rei era se isolar do mundo, e o palácio fica numa região bem retirada (dentro de um parque, aos pés dos Alpes), uma região magnífica por sua exuberante natureza. Este palácio foi a única obra completa do Rei. Suas outras duas grandes construções não foram acabadas antes da morte prematura (e misteriosa) aos 40 anos.

Quem visita hoje o Linderhof, não imagina que ele já foi uma cabana de caça do Rei Maximillian II, pai de Ludwig II.

Então, a ideia de construir o palácio de Linderhof, surgiu a partir de uma viagem de Ludwig II à França, em 1867. Ele admirava tudo relacionado ao Rei Luís XIV e quis fazer um monumento em sua homenagem. Logo na entrada do palácio, bem no centro, há uma estátua de Luís XIV, assim como inúmeras referências ao rei absolutista nos demais cômodos.

As dependências do palácio são exuberantemente decoradas no estilo rococó. Impressiona a riqueza de detalhes nas tapeçarias, pinturas, móveis porcelanas, lustre.

Além de criativo, o rei era engenhoso. A mesa da sala de refeições, por exemplo, ficava sobre uma espécie de elevador. Na hora das refeições, os criados baixavam até o nível da cozinha para servir a comida. Em seguida, a mesa era novamente elevada ao nível da sala para que o rei pudesse fazer a sua refeição só.

O quarto do rei, que é o maior cômodo do palácio, conta com muito ouro e detalhes em veludo na cor azul real, que era a sua cor preferida. Sobre a cama, há um brasão da Baviera, uma das poucas referências à família real bávara, já que tudo dentro do Linderhof remete à França. O candelabro em cristal, com 108 velas é impressionantemente lindo.

Os jardins são um espetáculo à parte, lindíssimos! Os que circundam o palácio são em estilo francês, porém existe um parque em estilo inglês que ocupa 80 hectares e faz parte do complexo do palácio. Uma das áreas mais espetaculares são os jardins sul, com a sua lagoa, um jato de água de 22 metros e vários níveis de terraços. O jardim frontal tem em seu topo o pequeno Templo de Vênus que coroa o todo e oferece uma vista magnífica sobre o castelo e seus jardins. Ao norte do palácio há também um belo jardim, com a Fonte de Netuno e uma pequena cascata que desce o morro humildemente.

Para inspirar, sonhar, contemplar, alguns momentos de imersão no passado, visite o Linderhof, não haverá arrependimentos.