Hoje realizei um sonho antigo, visitar o Jardim
Botânico de Porto Alegre. Um dia perfeito para observar a natureza, as plantas,
flores, e ouvir o canto dos pássaros. Um lugar mágico, tranquilo. Um espaço
dedicado à conservação que também serve à educação e ao lazer. Encontramos por
lá muitos profissionais aproveitando o cenário para fotografar grávidas, noivas
e aniversariantes.
Em casa fui pesquisar um pouco sobre este
belíssimo lugar e me surpreendi com a história do nosso Jardim botânico.
O projeto remonta ao início do século XIX,
quando Dom João VI, depois de criar o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, enviou
mudas para Porto Alegre a fim de estabelecer outro parque semelhante na cidade.
Essas mudas não chegaram à capital, permanecendo retidas em Rio Grande, onde
foram plantadas. Em seguida o agrônomo Paulo Schoenwald doou um terreno ao
governo do estado para criar uma área verde nestes moldes, porém o projeto não
vingou. Uma terceira tentativa seria feita em 1882, quando o vereador Francisco
Pinto de Souza apresentou uma proposta de aproveitamento científico da área
então conhecida como a Várzea de Petrópolis, que previa um jardim e um passeio
público. Considerado utópico, o plano foi arquivado e adormeceu por décadas, só
voltando a ser discutido em meados do século XX.
Somente em 1953, a Lei 2.136 autorizou o
alienamento de uma área de 81,57 He dos quais 50 He ficariam destinados à
criação de um parque ou jardim botânico. Uma comissão foi formada para elaborar
o projeto e dentre seus membros foi destacado o professor e religioso Irmão
Teodoro Luís para coordenar os trabalhos de implantação, que iniciaram em 1957
com o plantio das primeiras espécies selecionadas: uma coleção de palmeiras,
coníferas e suculentas. Quando aberto ao público, em 10 de setembro de 1958, já
dispunha de uma coleção de quase 600 espécies.
Hoje o Jardim Botânico de Porto Alegre possui
uma área de 39 ha, atualmente consolidada depois de vários processos judiciais.
Apesar disso, é considerado um dos cinco maiores jardins botânicos do Brasil em
vista da diversidade de sua coleção e sua boa organização. Reúne coleções de plantas
vivas, cientificamente mantidas, ordenadas, documentadas e identificadas com
finalidades científicas e educacionais.
Com mapa na mão seguimos o roteiro sugerido e
assim descobrimos bromélias, araucárias, palmeiras, Pau Brasil (árvore símbolo
do Brasil), Brinco-de-princesa (flor símbolo do RS), muitos Ipês roxo e amarelo
que é a flor símbolo do Brasil, o lago com muitas tartarugas, enfim desvendamos
os encantos do Jardim Botânico.
Recomendo!
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